Resenha: Nerve - Jeanne Ryan
Você já se sentiu desafiado a fazer algo que, mesmo sabendo que pode se arrepender depois, acaba levando em frente? A heroína deste livro também. Vee cansou de ser só mais uma garota no colégio, e quer deixar os bastidores da vida para assumir seu merecido posto sob os holofotes. E o jogo online Nerve, febre nacional transmitida ao vivo, pode ser o início dessa trajetória de sucesso. Basta que ela clique no botão “Jogador” em vez de “Espectador” para entrar na disputa, que propõe, a cada etapa, um desafio novo. A adolescente acaba formando uma dupla imbatível com Ian, um garoto desconhecido com quem trava contato ao se inscrever em Nerve. Juntos, vão galgando posições no jogo. Mas, conforme os dois avançam na disputa, os desafios ficam cada vez mais complexos... e perigosos.
"Nerve"
é
o segundo livro da autora Jeanne Ryan, possui 304 páginas divididas em
21 partes que nos prendem do começo ao fim.
A leitura é bem fácil e a estória
bem simples, as páginas são amareladas. A maneira como os temas centrais são
tratados é bem sutil.
O limite da privacidade é
ultrapassado inúmeras vezes no livro, retratando como as pessoas perdem a
empatia diante daquilo que elas veem pelas telas de seus celulares.
Mostra, também, como a
manipulação para se atingir a fama na internet é real e que a traição para se
atingir o que é desejado vem de quem menos esperamos. O medo, a raiva e a dor são vistas
por uma lente de aparelho celular tornam as pessoas menos humanas.
A necessidade de auto
afirmação na adolescência, de precisar provar coragem também preenchem as
características dos personagens que compõem a estória.
O real valor de
recuperar a privacidade se mostra mais importante do que o escudo de aplausos de
estranhos que só trazem um conforto momentâneo. Mostrando como cada pessoa age e
o que elas são capazes de fazer e de abrir mão para conseguir aquilo que se
deseja.
Por ser uma estória simples
e retilínea com uma dose de suspense é possível ler o livro em 2 dias. O jogo,
os desafios, as câmeras e tudo que os cercam nos prendem tornando o livro envolvente.
Nerve parece ser um jogo de “verdade
ou desafio” mas a única escolha para conseguir os prêmios é o desafio.
O livro inspirou ao filme Nerve: um jogo sem regras, com duração
de 1 hora e 36 minutos, foi lançado esse ano no Brasil que infelizmente já saiu
de cartaz em minha cidade.