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Resenha: Mago: Mestre – Livro 2 – Raymond E. Feist



Passaram-se três anos desde o terrível cerco a Crydee. Os três rapazes que eram melhores amigos se encontram agora a quilômetros de distância uns dos outros. Pug, um escravo dos tsurani, está prestes a se tornar um dos maiores magos que já existiram. Tomas, um grande guerreiro entre os elfos, arrisca-se a perder sua humanidade para a armadura encantada que veste. Arutha, Príncipe de Crydee, luta desesperadamente contra invasores e traidores para salvar seu reino. Mestre, segundo livro da série A Saga do Mago, é recheado de aventura, emoção e ameaças tão antigas quanto o próprio tempo. Nele, Raymond E. Feist volta a provar que é um dos maiores nomes da literatura fantástica contemporânea.


O livro Mago: Mestre faz parte da Saga do Mago que é composta atualmente por 4 livros, mas que foi originalmente escrita como livro único. Começa três anos depois do cerco a Crydee. Nesse segundo livro a história tem um maior foco em Kelewan, a cidade pertencente a outro mundo, o que nos ajuda a compreender quem são, o que querem e o que levou os tsurani a atacarem Midkemia.

Quando a história do primeiro livro se desenvolve, o foco se dá nos três adolescentes que sonhavam em serem grandiosos nas suas carreiras. Pug, Tomas e Arutha haviam trilhado um caminho que no fim os fez se separarem e a partir de então cada um passou a viver bem distante um do outro e passamos a acompanhar o crescimento de cada.

Pug que havia sido levado cativo para Tsuranuanni três anos antes, agora não é mais aquele rapaz que conhecemos no primeiro livro, o crescimento e amadurecimento dele é surpreendente e a forma como ele se torna um mago é impressionante. Porque em Tsuranuanni quando alguém demonstra qualquer tipo de habilidade mágica tem que passar pelos treinamentos e entra para a Assembleia, se tornando um Grande, que são muito respeitados e temidos pelo povo.


Tomas agora é um guerreiro impressionante, lutando com a armadura que ganhou o livro anterior e está se tornando algo muito poderoso, mais do que um simples humano e vive entre os elfos, ajudando a proteger Elvandar dos ataques tsurani. Além de combater ao mesmo tempo uma força sombria que quer dominá-lo.

O príncipe Arutha está defendendo Crydee dos invasores tsurani e precisa de ajuda para afastá-los. Quando sai em busca de ajuda conseguimos perceber o quanto ele se desenvolveu, principalmente nos momentos em que se depara com novos problemas que poderão afetar o Reino e precisa ser astuto e agir pelo melhor de todos.

A história segue o padrão já estabelecido, com passagem de tempo entre os capítulos, que pode significar uma passagem de vários anos. A narrativa apesar de se focar mais em Kelewan não deixa de mostrar o que está ocorrendo em Midkemia, os rumos que a guerra está tomando e como o Reino está reagindo aos 9 anos de guerra.

É notável, de um modo geral, como a história evoluiu e como os personagens estão mais maduros do que no livro anterior. E como as mudanças e o novo modo de se contar a história, de uma forma mais adulta, me fez acabar gostando muito mais desse segundo livro. A forma como a violência é retratada, de um modo mais visceral, ocorrem traições, reencontros, surgem novas amizades e é muito interessante como a ação está presente em quase todo o livro. Há uma maior dinâmica nesse livro e ele consegue nos prender à história.

É uma saga fantástica com toques de outros estilos literários que a enriquece cada vez mais. Assim existem momentos que vibrei com os acontecimentos, que me entristeci, que senti raiva, que senti angústia, mas o que senti foi vontade de continuar lendo!

Super recomendo a quem gosta de uma boa aventura fantástica com o que há de melhor, uma saga onde homens, anões, elfos, magos e seres de outros mundos se encontram e nos encantam!!