Aníur: A Ruína Está Próxima – Esther Moratto

Jake e Meg são jovens recém-casados e teriam um belo futuro pela frente. Mas não contavam com uma grande catástrofe, que poderia acabar com suas vidas. Um terremoto abalou a cidade em que vivem e uma doença misteriosa surgiu logo após o incidente. Será que isso seria o fim do mundo? Descubra nesta história agoniante, que te prenderá do começo ao fim.
Eu amo livros pós apocalípticos, apesar de
que de uns tempos para cá estão surgindo aos montes livros com essa temática, o
que acaba saturando o mercado e fazendo com que os autores fiquei recorrendo a
clichês, mas como amo história assim acabo dando uma chance a esses livros.
Eu, num primeiro momento, não havia me
animado muito com ele. Só que li as primeiras impressões da Ari e decidi que
queria saber o que aconteceria. E posso afirmar que não me arrependo de tê-lo
lido. Apesar dos clichês, a Esther Moratto conseguiu dar umas inovadas no tema
e foi surpreendente.
A história centra-se no casal Jake e Meg, que
estão há pouco tempo casados e encontram-se extremamente apaixonados. O livro
mostra, de forma alternada, os pontos de vista de ambos, mas em certos
capítulos outros personagens que narram, o que deu mais dinâmica a história,
pois podíamos ver além do casal.
Em determinado dia, em que Jake havia viajado
a trabalho, a cidade em que moram sofre um terrível terremoto que abala quase
todas as estruturas da cidade e faz a mesma mergulhar num caos. Meg está só em
casa no momento do abalo e fica sob alguns móveis quando é resgatada e levada a
um abrigo improvisado. Após algum tempo os sobreviventes percebem que não
aparece ninguém para dar explicações até que um dos pacientes sofre de algo e
morre. Pouco depois outras mortes acontecem e Meg se junta com outras duas
sobreviventes para tentar escapar do abrigo e da sequencia de mortes.
Enquanto isso Jake está voltando para a
cidade e ao chegar já se depara com o caos instalado. A partir de então começa
sua busca por Meg. Ele vai primeiro ao apartamento deles e percebe que Meg foi
resgatada com vida e ao sair encontra um menino sozinho, a quem decide ajudar a
encontrar a mãe ao mesmo tempo em que procura por sua esposa.
Durante sua busca por Meg, Jake percebe que
existe algo de errado nos acontecimentos, não há qualquer tipo de resgate
acontecendo e não tem policiais ou ambulâncias pela cidade. O que é bastante
anormal num cenário como o da cidade.
A história então se desenvolve mostrando os
avanços de cada um deles, os diversos desencontros (teve momentos em que eu
tive raiva pelo desencontro forçado do casal), as superações que ambos tiveram
que passar, as mortes que me pegaram de surpresa e algumas me arrasaram porque
acreditava que aqueles personagens estariam a salvo.
A história é muito bem contada, apesar de uns
momentos que me deu nos nervos, os acontecimentos tem razão por existirem e
quase nada fica deslocado no desenrolar de tudo. Gostei da personalidade dos
protagonistas e a Meg é uma mulher forte e se desenvolveu bastante no decorrer
da história. Durante a leitura podemos ver como nos sentimos aflitos com os
acontecimentos e pela enorme incerteza do que realmente acontecerá deixa tudo
mais angustiante.
O final... Como falar do final?? Ele me
deixou boquiaberta e quando a ficha caiu fiquei furiosa com o que a autora fez
comigo!! Só que eu a perdoei quando li o final alternativo!
Recomendo bastante a quem gosta de uma
história bastante envolvente e que não nos deixa larga-la até chegarmos ao
final.